sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Artroplastia de Quadril



A cirurgia de artroplastia de quadril, também chamada de prótese de quadril, é um procedimento cirúrgico que tem como objetivo substituir estruturas compostas por materiais artificiais.

Articulação é a conexão existente entre dois ou mais ossos.
A substituição é feita com a utilização de implantes permanentes, as próteses. As próteses podem ser feitas com diferentes materiais, como metal, cerâmica ou polietileno. A artroplastia pode ser total ou parcial.

Artroplastia Total: é a substituição tanto do componente femoral (cabeça do fêmur = osso da coxa) quanto ao componente acetabular (região da bacia onde a cabeça do fêmur se encaixa), quando os dois estão alterados. Consistindo em componente femoral (osso da coxa) articulado com um componente acetabular (osso da bacia).

Artroplastia Parcial: consiste na substituição apenas do componente femoral (cabeça do fêmur = osso da coxa) com preservação do acetábulo do paciente, que obrigatoriamente deve ser normal.

Existem diferentes tipos de próteses:

Prótese Cimentada: é utilizado cimento ósseo (poli-metil-metcrilato) para fixação do componente acetabular (região da bacia onde a cabeça do fêmur se encaixa) e da parte femoral (cabeça do fêmur = osso da coxa) no fêmur. É normalmente usada em pacientes com idade mais avançada.

Prótese não Cimentada: as partes acetabular e femoral são fixadas diretamente na superfície óssea, sem utilização de cimento. São indicadas para pessoas mais jovens e com boa qualidade óssea.

Prótese Hibrida: o componente acetabular é fixado à bacia diretamente na superfície óssea e o componente femoral é fixado com cimento.
Prótese Cefálica Unipolar ou Bipolar: usadas em idosos, com fratura de colo do fêmur, que precisam de um período acamado curto.

Endoprótese: usada em substituição de grandes segmentos ósseos, como em caso de tumores que comprometem a parte superior do fêmur.
Prótese em copa: pouco usada, pode ser usada em pacientes com fratura de acetábulo quando as condições de saúde não são favoráveis para permitir uma cirurgia mais longa.

Normalmente as próteses cimentadas são mais utilizadas em pessoas idosas e as não cimentadas em pessoas mais jovens com melhor qualidade óssea. Na Fisioterapia pós-operatória, o tempo de uso de muletas ou andador será diferente para cada caso. O tratamento fisioterapêutico na fase pré-operatória deve ter o objetivo de prevenir as complicações respiratórias, motoras e evitar as escaras de decúbito. Já na fase pós-operatória o paciente será orientado sobre exercícios de fortalecimento e alongamento muscular, posicionamento adequado do membro operado, e dicas sobre atividades de vida diária.

Dr. Bruno Cabral
Fisioterapeuta 
11 99892 3225